quinta-feira, 25 de julho de 2013

Mudança do corpo com o Método Pilates

Muito se fala em mudança do corpo com o Método Pilates.
A célebre frase:  "Com 10 sessões você perceberá a diferença, com 20 sessões os outros irão perceber a diferença e com 30 sessões você terá um novo corpo",    é soprada aos quatro ventos.
Será que  é verdade?
 Joseph comprovou no próprio corpo os resultados do seu método e  nos deixou esta afirmação. 
Mas será que o Pilates praticado hoje nos oferece tal retorno?
O Método Pilates é baseado numa filosofia que na essência leva o praticante a mergulhar no conhecimento do próprio corpo. 
O método Pilates faz com que o individuo descubra e construa de forma consciente os movimentos no seu corpo, fazendo com que toda esta construção resulte num maior recrutamento de músculos específicos e menor compensações, consequentemente menor gasto energético ou gasto energético desnecessário. 
Costumo ensinar aos novos instrutores um código denominado "FIT" (foco, imagem e toque) - para facilitar o entendimento do praticante quando este está sendo pilotado a executar um movimento desconhecido ao seu corpo, um movimento  "novo".  Aos colegas que em suas aulas na formação de instrutores  forem usar este código, os créditos destes são meus e de Joana Mascarenhas....
Mas, voltando a frase do Pilates, eu acredito na afirmação.
Quando o Método Pilates praticado alimenta-se do legado da Contrologia, esta baseada em 06 princípios básicos e outros diversos que a norteiam, faz com que o praticante modifique a cada dia seu corpo, mente e espirito de forma continua e cotidiana, sim cotidiana, pois tratando-se de uma Filosofia deverá estar presente na vida do indivíduo mesmo durante atividades corriqueiras, tais como, pentear o cabelo, escovar os dentes.... Quando o instrutor de Pilates começa a perceber que é apenas uma pontinha no enfrentamento do aluno durante a construção dos exercícios na aula de Pilates ou nas suas atividades cotidianas, aí sim o Instrutor de SUCESSO poderá afirmar que em 30 aulas tem um novo "sujeito " na sala!
Autor: Aline Mendonça - aline@activepilates.com.br

segunda-feira, 8 de abril de 2013

O QUE VESTIR PARA PRATICAR PILATES?


Primeira vez num Studio para praticar Pilates: 

O QUE VESTIR?

Uma roupa confortável, claro. Mas aí vem um dilema: enquanto o Instrutor quer ter mais visibilidade do corpo do praticante, isto pode significar um imenso desconforto ao aluno que inicia  o Pilates. Então uma regrinha básica: tornozelos e joelhos à mostra, assim como pescoço, ombros e os braços. Cabelos presos!!!

Optar sempre por modelos que não restrinjam os movimentos e de preferência que não tenham o aspecto de “sacos de batatas”.

A medida que o praticante vai se familiarizando com o Pilates,  ele começa a ter suas preferências e a descobrir o modelo ideal para a prática do Pilates.

O QUE NÃO VESTIR!!!

Saias,  tops frente única, shorts ou calças muito folgadas.

Saias -  nem se comenta.

Top frente única – sobrecarrega a coluna cervical e tensiona os trapézios, além da maioria deles possuir uma costura grosseira que promove grande desconforto no aluno ao deitar - se.

Sugiro os tops e camisetas no modelo nadador, com uma boa sustentação para as mamas, ou tops que deixem as escápulas livres – aparentes.

Shorts ou calças muito folgadas - No Pilates o praticante deve sempre estar focado nos exercícios, nos princípios do método.
Se o outfit não estiver adequado, tira a concentração do praticante durande o exercício. Outro ponto importante, é que malhas com muitas pontas e volume excessivo de tecido pode interferir na segurança do  aluno durante a prática do exercício ou mesmo na  circulação no studio, uma vez que pode prender numa mola ou no carrinho do reformer…

Sugiro shorts ciclista, as leggings e bailarinas são super confortáveis mas escondem os joelhos…

Evitar sempre:

TOPS E SHORTS com detalhes em metal. Excesso de acessórios e bijuterias.

 

O que eu amo e recomendo são as malhas da track&field, Lulullemon, Lucky brand, Lupo.












segunda-feira, 29 de outubro de 2012

UM ENCONTRO DE "FERAS"....


Um encontro de “feras”....

Antes de partir da Alemanha para os Estados Unidos, Joseph Pilates teve alguns encontros com o amigo pessoal  Rudolph Laban.
Laban era  arquiteto, dançarino e coreógrafo de destaque na época, fundador do Instituto Coreográfico de Zurique e  assim como Joseph Pilates, Laban  foi preso na  Primeira Guerra Mundial.
Rudolph Laban desenvolvia os seus trabalhos na dança acerca dos elementos que constituem o movimento corporal e a sua utilização, dando ênfase aos aspectos psíquicos e fisiológicos que levam o ser humano a realizar o movimento.  Laban foi um revolucionário na dança daquela época.
Com pensamentos semelhantes,  Laban e Pilates já  acreditavam  que o movimento deveria estar o mais próximo do natural e integral,  cada um , claro, com suas filosofias  e verdades , porém, percebe-se clara consonância  no raciocínio de cada um no que diz respeito a definição de  movimento humano,  sua relação com o corpo e com o espaço.
 Enquanto Laban  nomeou  a capacidade do indivíduo de registrar qualquer manifestação de movimento de "LABANOTATION , baseou-se no paradigma de que o movimento humano é sempre constituído dos mesmos elementos, seja na arte, no trabalho, na vida cotidiana, Joseph Pilates definiu a ciência e a arte de controlar mente, esprito e corpo através do rigido controle da vontade de CONTROLOGIA.
Na verdade  ambos se preparavam para marcar a história das suas épocas, traziam o novo.  Laban mais a  frente conseguiu enxergar a consolidação de muita coisa e Joseph na desventúra de não estar presente hoje para aproveitar o sucesso da sua criação!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

PILATES PARA CRIANÇAS

Olá Pessoal!
Andei bastante ausente, bem verdade por conta de administrar à nova e deliciosa função a de ser Mãe.
Estes dias uma amiga me convidou para ministrar uma aula na Escola Bahiana de Medicina no curso de Fisioterapia cujo tema: Pilates para Crianças.
Eu particularmente não gosto de rotular o Pilates para um grupo específico, principalmente quando se trata de criança, pois sendo o Pilates uma filosofia com todos os seus princípios básicos e a contrologia, tornar tudo isso presente  num grupo de crianças é uma tarefa bastante difícil, principalmente se estas crianças ainda não foram alfabetizadas.
A minha experiência com criança vem do Ballet Clássico do qual sou metodóloga pelo método de Vaganova. Porém, apesar da veia clássica confesso real admiração aos trabalhos de Laban e Limon. As técnicas e didáticas de condução em sala de aula destes dois professores estão presentes em minhas aulas de Pilates sejam para crianças ou adultos.
Com as técnicas de Laban e Limon somos capazes de desenvolver com a criança trabalhos na concepção de imagem do corpo no espaço, o corpo e o espaço social, exercícios de queda e recuperação – pontos importantes a serem abordados e introduzidos em uma aula de Pilates para crianças na atualidade – bom,  isso é uma sugestão.
Muitas crianças chegam aos studios de Pilates com queixa de dores nas costas, nos ombros. Muitos pais reclamam da má postura, falta de concentração, diminuição do sono, mau humor....
Na verdade todas estas queixas são resultados do mundo acelerado de hoje, o stress do dia a dia, mochilas pesadas, horas sentadas assistindo TV, excesso do uso de computadores,  ausência dos pais....
O Pilates é considerado uma excelente ferramenta para ajudar a melhorar a qualidade de vida destas crianças, por ser um Método seguro, além de todos os seus benefícios eficazes no condicionamento físico, o Pilates possui uma grande diversidade de aparelhos e acessórios que aciona todo o tempo o lúdico e ao mesmo tempo desperta a concentração e relaxamento da criança.
Agora muito CUIDADO com a metodologia a ser aplicada. Não deve se utilizar muito rigor nas aulas, as turmas devem ser divididas por faixa etária, com no máximo 05 alunos. As aulas compõem-se de exercícios semelhantes ao dos adultos adaptados de forma segura para crianças. Uma sugestão, crie uma historinha e conduza o seu plano de aula através dela, ou uma trilha sonora familiar. A criança adora viver o imaginário e faz com que ela se concentre mais na atividade.
Utilize também movimentos que façam parte do universo infantil como brincar de roda por exemplo. Use acessórios, mas não abuse deles, muita informação pode comprometer o resultado terapêutico da sua aula, utilize exercícios em duplas  e BOA SORTE!!!!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

TREINAMENTO RESISTIDO E CÂNCER

O câncer é o tumor de caráter maligno e caracterizado pelo acúmulo de células anormais, com a possibilidade de se expandir para outros tecidos do corpo e promover alteração nas suas funções.

Um dos maiores efeitos colaterais do tratamento para o câncer e também deletérios da doença oncológica é a Fadiga Relacionada ao Câncer (FRC), uma sensação subjetiva e persistente de diminuição de energia e de cansaço que não melhora com o repouso e que interfere na capacidade funcional do indivíduo. Oitenta por cento ou mais dos doentes oncológicos têm identificado o problema da fadiga como principal causa do seu mal estar.

A FRC é de etiologia complexa e multifatorial. Pode ocorrer por causa:
o    seqüela da malignidade
o    anemia – 40%  dos pcts tornam-se anêmicos após o terceiro ciclo de quimioterapia
o    caquexia
o    toxicidade da terapia
o    lesões provocadas pelo tratamento
o    alterações psicológicas

Embora não exista evidência que demonstre a segurança da prática de exercícios físicos pelos portadores de câncer, muito já se tem publicado sobre a efetividade do exercício principalmente tendo como desfecho a FCR.

Boa parte destes estudos dedicou atenção especial aos efeitos do exercício aeróbio. No entanto, um dos principais quadros associados a FCR é caracterizado pela astenia generalizada proporcionada pela caquexia. Embora se reconheça a importância da atividade aeróbia para o paciente com câncer, especificamente sobre a caquexia não é claro e nem muito lógico o tipo de contribuição desta forma de exercício.

Dessa forma, preocupados com a caquexia e seus efeitos (como a perda de força, acentuação do sedentarismo, dentre outros), diversos estudos verificaram a efetividade dos exercícios resistidos no tratamento da FCR, priorizando assim um tipo de exercício capaz de estimular o aumento da massa muscular e de reduzir a degradação protéica.

Além disso, dois outros aspectos também merecem atenção por seus efeitos deletérios sobre a capacidade funcional dos pacientes com câncer: 1) a alteração do equilíbrio e da coordenação motora promovida pelo estado de debilidade do paciente, e 2) a restrição de movimentos imposta pelo tratamento, como ocorre com o câncer de mama.

Sendo assim, o programa de exercícios para o paciente com câncer deve estimular de forma diversificada a melhora da coordenação, o equilíbrio, a consciência corporal e a flexibilidade.

Por estas razões, ou seja, pela promoção do aumento da massa muscular, da força, da qualidade da propriocepção, do equilíbrio, da coordenação, da estabilidade, da segurança, da independência, do controle, do humor, da capacidade funcional... se torna oportuno propor que o Pilates deva ter destaque em um programa de exercícios para o paciente com câncer. Vale ressaltar a necessidade de se pensar em exercícios e aulas que ocorram dentro de limites de segurança, realizados de forma lúdica, preferencialmente em grupos (para tornar a atividade ainda mais estimulante), mas com atenção e acompanhamento individualizados.



Para saber mais:

AL-MAJID, S.; WATERS, H. The Biological Mechanisms of Cancer-Related Skeletal
Muscle Wasting: The Role of Progressive Resistance Exercise. Biological Research for
Nursing ,10(1): 7-20, 2008.

COURNEYA KS, SEGAL RJ, MACKEY JR, et al. Effects of aerobic and resistance exercise in breast cancer patients receiving adjuvant chemotherapy: a multicenter randomized controlled trial. J Clin Oncol, 25:4396–4404, 2007.



quarta-feira, 9 de março de 2011

O Pilates está com tudo... viemos para ficar!!!

O Pilates está com tudo... viemos para ficar!!!
Grandes organizações científicas e regulamentadoras da prática de exercícios nos EUA costumeiramente indicam no final de cada ano uma lista de tendências do mundo fitness. Tal ranking é estabelecido por pesquisas criteriosas e extensas entre professores, consumidores, revistas e outros especialistas da área de prática do exercício. Entre 2007 a 2010 o Pilates figurou entre os “TOP 10” por ser suas aulas uma das mais procuradas, equipamentos mais vendidos, sites mais procurados..., ou seja, caiu no gosto popular. Em 2011, o Pilates não apareceu entre os 10, levando muitos a questionarem sua “sobrevivência” em um mundo ditado por modismos. No entanto, uma análise das últimas listas nos chama a atenção para os temas qualificação e experiência profissional, treinamento funcional, treinamento de força, Core training, personal training, treinamento em pequenos grupos, dentre outros. Nossa observação é de o Pilates não só propõe a base para muitos destes métodos de exercícios (basta atentar as orientações do treinamento funcional e do Core), como se constitui em um método melhorado de treinamento resistido por propor um treinamento melhor controlado (controle é um dos princípios de nosso método), por se preocupar com treinamento globalizado (a especialização e o fracionamento são convencionais na musculação), por atentar aos músculos posturais e estabilizadores (normalmente esquecidos em outras formas de treinamento resistido), por sempre propor o treinamento em pequenos grupos ou mesmo personalizado. Além do mais, o Pilates é um excelente método de exercício para idosos (e todos em processo de envelhecimento), crianças e também contribui para o controle de peso corporal e combate a obesidade. Ainda, sua formação continua figurando entre as mais almejadas por estudantes e profissionais do movimento.... Isto sem contar com o reconhecimento e a remuneração normalmente oferecidos aos seus bons profissionais. Em outras palavras, continuamos entre os TOP 10... Viemos para ficar.

Para saber mais:
http://www.acsm.org/AM/Template.cfm?Section=About_ACSM&TEMPLATE=/CM/ContentDisplay.cfm&CONTENTID=15182
http://exercise.about.com/gi/o.htm?zi=1/XJ&zTi=1&sdn=exercise&cdn=health&tm=10&gps=425_241_1276_601&f=00&su=p284.9.336.ip_p674.8.336.ip_&tt=3&bt=0&bts=1&zu=http%3A//www.acefitness.org/blog/1036/ace-reveals-economic/

terça-feira, 8 de março de 2011

PILATES EM EVIDENCIA

Pilates era um homem a frente do tempo dele. Em tempos de guerra e dificuldades ele teve a inteligência empírica e intuitiva de colocar na prática corporal teorias que hoje são pesquisadas e discutidas por cientistas do movimento humano no mundo inteiro.
O respeito ao movimento funcional, adicionado ao acionamento da musculatura profunda nos leva hoje, pouco a pouco a verificar que o método Pilates é uma forte ferramenta na reformulação do movimento funcional além dos ganhos que este produz como condicionamento físico.
A “Contrologia” mesmo que filosofia e os princípios básicos do Método Pilates, se encaixam como luva no modelo de instabilidade articular desenvolvido por Manohar Panjabi.
As técnicas de estabilização segmentada tão discutidas pelos pesquisadores australianos tal como Paul Hodges, são partes inerentes principalmente aos princípios básicos do controle e precisão.
Cabe à nós  instrutores de Pilates usarmos da nossa sensibilidade para aproximar a  arte, filosofia e conhecimento acumulado de Pilates às novas evidencias da ciência moderna, afim de atendermos melhor as necessidades dos nossos clientes.

PARA SABER MAIS:

Yue JJ, Timm JP, Panjabi MM, Jaramillo-de la Torre J. Clinical application of the Panjabi neutral zone hypothesis: the Stabilimax NZ posterior lumbar dynamic stabilization system. Neurosurg Focus. 2007 Jan 15;22(1):E12.


Lee LJ, Coppieters MW, Hodges PW. En bloc control of deep and superficial thoracic muscles in sagittal loading and unloading of the trunk. Gait Posture. 2011 Mar 4.